Pingo, atleta do Pinheirense, recebe homenagem por feito histórico no Futebol Feminino

A terceira maior artilheira da Copa Brasil de Futebol Feminino de 2009, ou Pingo, como é carinhosamente conhecida, foi homenageada no último domingo, 23, pela Federação Paraense de Futebol (FPF), não só pelo feito histórico de marcar 10 gols em uma única partida, mas também por toda a sua trajetória no Futebol Feminino.

Andreia Corrêa Costa, a Pingo só ficou atrás da artilharia de Marta e de Cristiane, ambas da Seleção Brasileira, durante a Copa Brasil de 2009, quando já atuava pela equipe paraense Pinheirense Esporte Clube (PEC). 

O feito histórico dos 10 gols em um jogo só foi, na verdade, uma provocação do diretor tesoureiro, Téofilo Santos – que levou Pingo à equipe em 2008 – quando reclamou que uma centroavante não podia marcar apenas 2 gols em uma partida quando o clube venceu por 14 X 0. Pingo alegou que as companheiras não passavam a bola, mas o desafio já estava lançado. E no jogo seguinte, ela marcou os 10 gols da vitória do Pinheirense, igualmente por 14 X 0.

A Pingo recebeu das mãos do Presidente da Federação, Ricardo Gluck Paul, uma placa de homenagem, como forma de valorizar o trabalho desempenhado por todas as guerreiras que lutam diariamente contra os preconceitos de gênero ainda presentes nesse esporte e que ainda assim continuam na batalha para fortalecer cada vez mais o futebol feminino no estado do Pará.

Pingo é uma mulher forte e que inspira todas as outras a continuarem na carreira futebolística e também é inspiração para a FPF que está buscando fortalecer cada vez a categoria e essas mulheres guerreiras. 

Para participar da homenagem à atleta, foi chamado também o grande símbolo do Pinheirense, o Guerra, um torcedor que carrega consigo a história do clube. O Guerra é apaixonado pela equipe desde criança quando o pai trabalhava como dirigente do PEC. O torcedor já ocupou vários cargos no clube, sendo inclusive técnico do Sub-20.

A FPF se compromete a promover mais e mais inclusão em seus jogos e combater todas as formas de preconceito seja nas quatro linhas ou fora delas.